Real
Em pé da esquerda para a direita: Ari Baldasso, Angelo Zani (Cabelinho), Ademar Gedoz (Bidu), Clovis Tramontina; agachados da esquerda para a direita: Idair Mânica, Rui Mantovani (Bolívia), Laurinho Cignachi, Antonio Bertotto.
Uma história de paixão e conquistas
No alto da Serra Gaúcha está localizada a cidade de Carlos Barbosa, com uma população de 30 mil habitantes. Esta pequena cidade, a 104 km de Porto Alegre, é orgulhosamente o berço de um dos maiores clubes de futsal do mundo: a ACBF – Associação Carlos Barbosa de Futsal.
A história de paixão entre Carlos Barbosa e o esporte começou há muito tempo. No final dos anos 60, início dos anos 70, a população da cidade acompanhava várias equipes de futsal, que disputavam uma competição local. Em 1976, duas delas, as mais famosas na época, o Real e o River, decidiram que seria possível olhar mais alto. Então, precisamente no dia 1º de março, juntaram suas forças e formaram uma nova equipe.
O nome desta nova agremiação foi dado pelo proprietário da Lancheria Original na época, senhor Aldo Pontin, que sugeriu batizá-la com o nome de 'Associação Carlos Barbosa de Futebol', que segundo o livro de atas da ACBF, teria o intuito de "promover mais uma vez, o bom nome da cidade".
As cores do uniforme foram uma mescla entre o branco, do Real, time do fundador Clovis Tramontina, e o preto do River, time do fundador Sérgio Luiz Guerra, o Shéi. Para completar o tricolor, escolheram o laranja - o mesmo que a seleção holandesa usara na Copa da Alemanha de 1974, a famosa 'Laranja Mecânica'.
A recém-formada equipe anunciou então um projeto que deixou os habitantes da cidade perplexos: ganhar o título estadual de futebol de salão.
Nos vinte anos seguintes à sua fundação, a Associação Carlos Barbosa de Futsal (o nome foi trocado quando o esporte recebeu uma nova denominação) esteve sempre participando da primeira divisão do Campeonato Estadual. No ano de 1996, aquele sonho de meninos atletas, se tornara a realização de experientes dirigentes, quando, exatamente no dia 19 de outubro, desentalaram o grito de 'campeão' preso há tanto tempo.
O tempo passou e os títulos aumentaram. Desde a conquista de seu primeiro Gauchão, a ACBF levantou a taça de melhor time do estado, 15 vezes. Além disso, o clube cruzou o rio Mampituba, divisa com Santa Catarina, para conquistar o Brasil. A ACBF já foi campeã da Liga Nacional de Futsal cinco vezes, em 2001, 2004, 2006, 2009 e 2015, e também da Taça Brasil de Clubes, em 2001, 2009 e 2016.
Fora do país, a Laranja Mecânica da Serra também conquistou a América, seis vezes: 2002, 2003, 2011, 2017, 2018 e 2019.
Além do continente, a ACBF conquistou o Mundo. Em 2001, foi campeã do Torneio Intercontinental na Rússia, quando a competição ainda não tinha o aval da FIFA. Em 2004, foi a primeira equipe de futsal do planeta a ostentar o título de Campeã do Mundo, após o órgão máximo do esporte apadrinhar a disputa. E, em 2012, a consagração do tricampeonato jogando em casa, quando sediou a Copa Intercontinental pela primeira vez em Carlos Barbosa.
Ao todo, a ACBF exibe em sua Galeria de Troféus cerca de 400 peças, que mostram o trabalho sério e vitorioso nestes quase quarenta anos de esporte.
Além de títulos, o clube trabalha com mais de 450 jovens e crianças em suas Categorias de Base e Escolinhas de Futsal, que abrangem além de Carlos Barbosa, os municípios de Salvador do Sul e Garibaldi. Muito mais do que desenvolver a qualidade de vida através do futsal, esses meninos e meninas recebem uma educação complementar à escola, onde o esporte é um veículo para disseminar valores e formar bons cidadãos.
Mas não pense que a história acaba por aí... ainda há muito caminho para o clube percorrer. A ACBF é uma instituição de Carlos Barbosa, do Rio Grande do Sul, do Brasil, da América e do Mundo. O trabalho deste time é brilhar e manter o futsal como um grande esporte em todo planeta.
Os dois times que se uniram para formar a ACBF: Real e River
River
Em pé da esquerda para a direita: Valter Cará (Carazinho), Celso Luiz Guerra (Quito), Tiago Guerra, Darci Zandavalli (Zanda), Magno Spadari, José Guerra (Zé), Sérgio Luiz Guerra (Shéi), Carlos Schaffer (Paulista); agachados da esquerda para a direita: Ildo Dalcin (Babão), Luiz Antonio Spadari (Shidi), Dejair Vieira Flores (Pixain), José Luiz Dametto , Irani Cichelero.